quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um meteoro gigante está em rota de colisão com a Terra, com impacto para daqui a 17 anos. O mundo se mobiliza para evitar o pior

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A Ameaça Vem do Espaço:
dois quilômetros de diâmetro e poder para arrasar cidades inteiras, como Nova York


Ao tocar a Terra, no primeiro segundo, um continente inteiro será varrido do mapa. O asteróide de dois quilômetros de diâmetro provocará uma onda de mais de 1 km de altura. Dez minutos depois, todo o planeta estará mergulhado numa nuvem de pó e, em uma semana, a Terra ficará em trevas. A escuridão permanecerá por dois anos. A vida vegetal será extinta em quatro semanas e pelo menos 2 bilhões de terráqueos (um terço da população) serão dizimados somente com a explosão. O impacto terá a violência de 1,2 milhão de megatons, o equivalente a 60 mil bombas atômicas atuais ou ainda a 90 milhões daquelas despejadas sobre Hiroshima em 1945. A força será duas vezes superior àquela provocada pelo meteoro que há milhões de anos varreu da superfície terrestre os dinossauros. E o fenômeno, acredite, está prestes a ocorrer. Mais precisamente em fevereiro de 2019, daqui a 17 anos. A hecatombe tem nome: 2002 NT7. Assim foi batizado o meteoro, descoberto num observatório americano na Cidade do México, que está em rota de colisão com a Terra. Ele se aproxima a uma velocidade de 27,2 quilômetros por segundo. A revelação foi feita pelo doutor Donald Yeomans, cientista da Nasa, na semana passada e deixou autoridades do mundo todo em estado de alerta. Especialistas estão sendo mobilizados para o evento e bilhões de dólares vão ser gastos em equipamentos e tecnologia para tentar salvaguardar a humanidade.

AP
Tragédia: cientista da Nasa anuncia o risco; só a explosão pode causar a morte de 2 bilhões de pessoas


Filmes recentes demonstram a dimensão da tragédia. Mas o que Paramount e Disney tentaram criar nas telas com Impacto Profundo e Armagedon parecerá desenho animado diante da cena real que se anuncia nos corredores da Nasa. Por isso mesmo, governos já começam a unir forças e recursos para tentar evitar o mal. De acordo com Eduardo Barcelos, professor de astrofísica da Upis (universidade ligada à Agência Espacial Brasileira), não há hoje nenhuma tecnologia capaz de impedir a colisão de um asteróide deste porte. “O que a gente vê no cinema infelizmente não existe.” Mesmo assim, programas bilionários de defesa espacial pipocam pelo mundo. E, obviamente, devem ganhar força após o anúncio da Nasa.


Reação: no cinema heróis ‘entram’ no asteróide para destruí-lo. Na vida real, governos gastam bilhões em tecnologia para tentar salvar o planeta


Estratégias de defesa. Na China, autoridades militares estão gastando cerca de US$ 2 bilhões no desenvolvimento de mísseis de defesa aeroespacial. Os Estados Unidos, respaldados por um orçamento adicional de US$ 8 bilhões – avalizado pelo presidente George W. Bush –, prometem colocar no espaço uma constelação de mísseis a laser. O projeto, batizado de Space-based Laser, foi criado para remover o lixo cósmico (fragmentos de asteróides ou meteoros). Segundo os militares, estas “nuvens de metal” criam a possibilidade de colisões com naves tripuladas. O que se estuda agora é aumentar a potência da constelação a laser para tentar barrar o avanço de meteoros com dimensões maiores. Mesmo assim, segundo especialistas, a luta da estação americana contra o 2002 NT7 seria inglória. Destruí-lo é praticamente impossível.


O que se cogita, com um mínimo de otimismo, é a união de forças para tentar mudar o curso do meteoro. A Rússia anunciou o desenvolvimento de armas espaciais antiasteróides e pretende, a exemplo dos EUA, desenvolver uma estação de defesa, que eles chamam de escudo espacial. Outro programa em estudo nos laboratórios americanos de Los Alamos e Lawrence Livermore sugere a criação de bombas de nêutrons. Vale tudo para tentar barrar o avanço da bola de fogo. Nos filmes de Hollywood, heróicos astronautas conseguem destruir o meteoro – após várias tentativas –, entrando em seu núcleo com potentes explosivos. Na vida real, o melhor que se tem a fazer é torcer para uma mudança natural da rota do NT7. “Existe, de fato, a chance de nada disto acontecer.


De qualquer forma, não custa nada aproveitar bem estes 17 anos”, diz o professor Barcelos.




www.terra.com.br/istoedinheiro/257/economia/
257_sera_fim.htm




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