A modelo retratada no quadro do artista britânico Lucian Freud - que deve arrematar mais de R$ 56 milhões no mês que vem, tornando-se a mais cara obra de um artista vivo - ganhou 20 libras, cerca de R$ 66, por dia para posar nua.
No entanto, em entrevista à BBC, a londrina Sue Tilley, que na época trabalhava como fiscal de benefícios pagos pelo governo, disse que não era o dinheiro que a motivava, mas sim os "adoráveis almoços" e a convivência com o artista.
O trabalho executado em 1995, Supervisora de Benefícios Dormindo, pode se transformar na obra mais cara já vendida por um artista em vida quando for a leilão na Christie's de Nova York no mês que vem.
Tilley hoje trabalha como gerente de um centro de empregos do governo, brincou sobre o fato de ter se tornado uma espécie de celebridade.
"Mal posso acreditar, para ser sincera. Descobri apenas na quinta-feira à tarde. Estou um pouco em estado de choque", disse a gerente, conhecida como "Big Sue".
Neste sábado, o retrato dela pintado por Freud foi estampado na capa do sisudo diário britânico Financial Times. Bem-humorada, Tilley brinca:
"Será que sou a primeira modelo nua na história do FT?
Ela afirma que na maior parte do tempo, "nem pensa que é ela" no retrato, mas admitiu que neste sábado, ao olhar para a obra pensou:
"Essa é mesmo a minha carinha."
Freud levou nove meses para completar a pintura, período em que a modelo teve acesso à intimidade do artista.
"Foi simplesmente fantástico. Sabe, tantas pessoas adorariam ter essa experiência, trabalhar com um artista tão importante, bater papo com ele, descobrir coisas sobre ele e ver o que ele faz", afirma Tilley.
Ela disse ainda que nessa época, o artista trabalhava em três ou quatro quadros ao mesmo tempo, com outras modelos.
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