Brasília - No antepenúltimo dia como relator da Organização das Nações Unidas (ONU) para o direito à alimentação, Jean Ziegler apelou hoje (28) por uma suspensão "total" da produção de biocombustíveis, segundo a Agência Lusa. Criticou também o trabalho da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Durante reunião com os 27 dirigentes das agências e organizações da ONU, iniciada hoje em Berna (Suíça), sobre a crise dos alimentos, Ziegler classificou o encontro como “um dia essencial para as pessoas que têm fome no mundo”. E renovou os apelos por uma “moratória total” sobre os biocombustíveis, que ele acusa de serem uma das causas do aumento dos preços dos produtos agrícolas. O mandado de relator termina na próxima quarta-feira (30).
Ziegler condenou os esforços da OMC para concluir o ciclo de negociações de Doha. “A linha de Lamy é totalmente contrária aos interesses os povos mártires da fome”, afirmou.
O relator também criticou “a política aberrante do FMI”, que “com o objetivo de aplicar as divisas necessárias ao pagamento dos juros da dívida, impôs aos países mais pobres as plantações de produtos de exportação em detrimento das culturas de víveres”.
Interrogado sobre as medidas protecionistas assumidas por alguns países em desenvolvimento, especialmente sobre o arroz, que chegam à proibição total de exportação, Ziegler reconheceu que esta atitude alimenta a especulação. Mas disse “compreender a atitude daqueles países que pensam em assegurar o próprio abastecimento”.
Na última sexta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lançou em Viena um apelo para uma “ação imediata” e concertada para fazer face a “uma crise mundial real”.
Ainda segundo informações da Lusa, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) e a União Africana convocaram reuniões extraordinárias para maio, a fim de discutir soluções para o aumento dos preços dos alimentos.
Fonte: Agência Brasil
http://midiacon.com.br/materia.asp?id_canal=16&id=9776
Durante reunião com os 27 dirigentes das agências e organizações da ONU, iniciada hoje em Berna (Suíça), sobre a crise dos alimentos, Ziegler classificou o encontro como “um dia essencial para as pessoas que têm fome no mundo”. E renovou os apelos por uma “moratória total” sobre os biocombustíveis, que ele acusa de serem uma das causas do aumento dos preços dos produtos agrícolas. O mandado de relator termina na próxima quarta-feira (30).
Ziegler condenou os esforços da OMC para concluir o ciclo de negociações de Doha. “A linha de Lamy é totalmente contrária aos interesses os povos mártires da fome”, afirmou.
O relator também criticou “a política aberrante do FMI”, que “com o objetivo de aplicar as divisas necessárias ao pagamento dos juros da dívida, impôs aos países mais pobres as plantações de produtos de exportação em detrimento das culturas de víveres”.
Interrogado sobre as medidas protecionistas assumidas por alguns países em desenvolvimento, especialmente sobre o arroz, que chegam à proibição total de exportação, Ziegler reconheceu que esta atitude alimenta a especulação. Mas disse “compreender a atitude daqueles países que pensam em assegurar o próprio abastecimento”.
Na última sexta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lançou em Viena um apelo para uma “ação imediata” e concertada para fazer face a “uma crise mundial real”.
Ainda segundo informações da Lusa, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) e a União Africana convocaram reuniões extraordinárias para maio, a fim de discutir soluções para o aumento dos preços dos alimentos.
Fonte: Agência Brasil
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