sexta-feira, 22 de maio de 2015

A Lei da Semeadura e da Colheita



 
 
 
 
“Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” — esse é o enunciado da Lei da Semeadura e da Colheita. Quando o apóstolo Paulo escreveu essa pérola aos gálatas (Gl 6.7), ele não estava estatuindo ou criando nada novo, apenas enunciava uma lei extremamente conhecida na sociedade agrícola de então, portanto, escrevia o óbvio ululante. Mas, mesmo sendo uma verdade tão óbvia, muita gente não se dá conta do potencial de bênção ou de maldição que a mesma encerra, dependendo da essência da semente plantada.
Essa lei tem aplicações gerais, portanto, é correto aplicá-la tanto em relação a coisas boas como a coisas más. Paulo escreveu: “Aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisso não há acepção de pessoas” (Cl 3.25). Salomão afirmou: “O que semear a injustiça segará males” (Pv 22.8). O profeta Isaías diz que, semeando-se justiça, colhe-se paz, tranquilidade e segurança (Is 32.17).
Quando se semeia amor, tem-se como resultado uma colheita de amor. As turbulências na vida muitas vezes podem ser fruto de algo que se plantou — “porque semeiam ventos, e segarão tormentas” (Os 8.7). As gentilezas são também fruto de gentilezas. Experimente “plantar” sorrisos, e veja se não terá uma colheita de sorrisos. Algo que se pode experimentar rotineiramente em relação ao sorriso “plantado” é que a colheita normalmente é imediata! Segundo o sábio Salomão, “a resposta branda desvia o furor” na mesma proporção em que “a palavra dura suscita ira” (Pv 15.1).
No episódio da prisão de Jesus, quando Pedro usou uma espada para cortar a orelha do servo do sumo sacerdote, Jesus o mandou embainhar a espada e acrescentou: “...pois todos os que lançam mão à espada, à espada perecerão” (Mt 26.52). Ele estava lembrando a Pedro da operacionalidade dessa lei.
Uma atitude crítica resultará com certeza em uma colheita de atitude crítica na mesma medida, independentemente de ser uma atitude correta ou não. Pregando no conhecido Sermão do Monte, Jesus esclarece essa questão: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Ou seja: julgamento produz julgamento. Se o julgamento for bom, produzirá em resposta bons julgamentos; se for injusto, produzirá julgamentos injustos.
Nesta ocasião Jesus estabeleceu a regra áurea das relações interpessoais na seguinte sentença: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Mt 7.12). Assim, Ele estava indicando uma aplicação positiva dessa lei. Para Jesus, não bastava a máxima confucionista — “não faças aos outros aquilo que não desejas que eles te façam” — era necessário que plantássemos o bem e tivéssemos uma colheita correspondente e proporcional ao nosso comportamento. De fato, ninguém em sã consciência quereria fazer males para receber males em troca. Para Jesus era necessário não apenas não semear males, e sim, semear o bem. Jesus tinha completo conhecimento da potencialidade de um ciclo positivo de bondade e dos benefícios disso para a humanidade.
Assim, aquilo que você planta, é também aquilo que vem a colher!
Nações eram usadas por Deus para executarem juízo sobre outras nações, e eram tratadas por Deus na medida do juízo que executavam. Se elas tratavam os conquistados com condescendência e misericórdia, eram tratadas dessa mesma forma. Se elas eram duros e cruéis, recebiam também isto da parte de Deus, que levantava outras nações para a devida tarefa de punição.
A Bíblia relata a história interessante do rei cananeu Adoni-Bezeque, que costumava escravizar os reis conquistados. Antes, porém, lhes cortava os polegares das mãos e dos pés. O povo de Israel, no caminho da conquista da terra de Canaã, guerreou contra aquele rei, e o prendeu, cortando igualmente os polegares de suas mãos e pés. Veja o testemunho desse rei: “Setenta reis, a quem haviam sido cortados os polegares das mãos e dos pés, apanhavam as migalhas debaixo da minha mesa: assim como eu fiz, assim Deus me pagou” (Jz 1.5-7). Ele plantou escravidão e corte de polegares e colheu exatamente isso em troca do seu comportamento desumano.
Há colheitas e colheitas. Umas demoram mais do que outras. Mas todas terão o seu momento onde estarão prontas para a ceifa. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu... tempo de plantar e tempo de colher o que se plantou”, diz o rei Salomão (Ec 3.1,2).
As últimas eleições presidenciais foram as mais sujas e ultrajantes de que se tem notícia na nossa história. Uma vergonha inominável! Uma lástima abominável! Uma sandice intolerável!
Quem disse o que disse, se bem ou mal, se justa ou injustamente, se verdade ou mentira, certamente terá a sua própria oportunidade de colher muitas vezes mais — porque a colheita é sempre maior do que a semeadura — da semente que plantou. Essa lei é implacável, ninguém dela escapa. É o próprio Deus quem garante!
Cuidado, Brasil! Cuidado, presidente! Cuidado, candidatos! Cuidado, autoridades! Cuidado, cidadãos! Aquilo que uma pessoa semear, isso também ceifará!
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
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