quarta-feira, 19 de maio de 2010

Minério de ferro responde por quase metade do IGP-M


Por Alessandra Saraiva


Rio - O impacto da disparada no preço do minério de ferro no atacado (de -1,06% para 27,16%) foi determinante para a taxa maior da segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que subiu 0,95% em maio após avançar 0,50% em igual prévia em abril. Segundo o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, o minério de ferro respondeu por 0,69 ponto porcentual da inflação atacadista mensurada na segunda prévia de maio, que foi de 1,19%; e por 0,45 ponto porcentual da taxa da segunda prévia do IGP-M. "O minério respondeu por quase a metade do resultado da segunda prévia", resumiu o especialista.

Quadros lembrou que a matéria-prima passou por um recente reajuste de preços. Analistas de mercado estimam que o aumento tenha sido entre 80% e 100%. Esse reajuste coincidiu com o aumento da importância do minério no cálculo da inflação medida pelos Índices Gerais de Preços (IGPs). Em abril, com a utilização de novas ponderações para os produtos pesquisados no atacado pela FGV, o peso do minério de ferro no cálculo da inflação no atacado aumentou de 1,06% para em torno de 2,5%. "Na segunda prévia de abril, o reajuste do produto ainda não tinha sido captado. A influência do minério foi preponderante no resultado", afirmou.

O especialista, porém, fez uma ressalva. Na análise de Quadros, a movimentação de preços principalmente no atacado está sendo "sombreada" pelo forte impacto do aumento no preço do minério. Em sua avaliação, outros pontos também merecem ser destacados, como a manutenção da inflação de bens intermediários em um patamar elevado, da segunda prévia de abril para igual prévia em maio (de 0,72% para 0,70%). "O fato de os preços dos bens intermediários continuarem subindo na faixa dos 0,70% é relevante. Isso significa que há uma pressão de aumentos nos preços dos produtos industriais, que continua a aparecer no atacado, e pode se espalhar para outros segmentos", afirmou. "A alta do minério foi, sim, muito aguda, mas reflete um ponto de elevação originado de um sistema de precificação que está caindo em desuso", disse ele, explicando que, diferentemente de outras commodities, o preço do minério fica estagnado até sofrer um reajuste em um período específico do ano.

Outras commodities também ajudaram a formar a taxa maior do IGP-M em sua segunda prévia do mês. O analista comentou que houve término de deflação em produtos como cana-de-açúcar (que passou de -1,22% para 4,98%) e soja em grão (de -3,47% para 3,18%) da segunda prévia do IGP-M de abril para igual prévia em maio, o que reflete a melhora na demanda por esses tipos de produtos.




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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Transplante de rosto fica cada vez mais comum e tem resultados bons


O procedimento é complexo, porque tem que religar as conexões sanguíneas, nervosas e musculares, para fazer o rosto reviver. 




O rosto novo de um espanhol correu o mundo ontem (04). É uma imagem de esperança e dos avanços da tecnologia. A equipe do Bom Dia foi às ruas ouvir especialistas. A comunidade médica está otimista, mas mantém a cautela.

É uma cirurgia bastante complexa que envolve muitos riscos para o paciente, mas mesmo assim as cirurgias de transplantes de rosto estão se tornando cada vez mais comuns. O resultado é sempre muito impressionante.

A imagem impressiona e a técnica também. Rafael tinha o rosto deformado por causa de uma doença genética. Ele fez um transplante parcial de rosto no início do ano na Espanha e ontem recebeu alta.

“Representa algum ato isolado de ousadia médica e autorizada pelos órgãos governamentais como uma possibilidade terapêutica que pode beneficiar um paciente e que pode no futuro beneficiar um número muito grande de pacientes se isso se estabelecer na prática assistencial”, comenta o diretor do Hospital do Rim de São Paulo José Osmar Medina.

Os transplantes de órgãos como córneas, rins, fígado, pulmão já são feitos com rotina. Mas outros como intestino, membros e rosto ainda são experimentais.

Transplantar uma face é como recortar uma máscara e colocá-la em alguém. Mas isso com todas as complexidades de um transplante, como religar as conexões sanguíneas, nervosas e musculares, para fazer o rosto reviver em uma nova pessoa, com movimento, função e, quem sabe, até expressão.

“Sem essa ‘enervação’ fica uma face parada, o paciente não mostra os seus sentimentos de choro, tristeza, alegria, sorriso”, diz o secretário-geral da SBCP-SP José Teixeira Gama.

O primeiro transplante deste tipo foi feito na França em 2005, em uma mulher mordida por um cachorro. Outro caso conhecido é o da americana Connie Culp, que foi baleada pelo marido.

O mais recente foi divulgado no mês passado. A Espanha anunciou ter feito o primeiro transplante total de face. Essas cirurgias são consideradas uma vitória da medicina. A pele é um órgão extremamente suscetível à rejeição. É necessário reduzir drasticamente a imunidade dos pacientes para evitar que o organismo tente expulsar a nova face. O que deixa a pessoa mais exposta a doenças.

“Alguns transplantes que já foram feitos não funcionaram tanto quanto nós queríamos. Outros estão funcionando mais a base de imunossupressores muito fortes, pode ser um caminho que está sendo aberto. Temos que aplaudir o que eles estão abrindo, aplaudir a iniciativa, mas vê-la com cuidado”, destaca o cirurgião plástico Ivo Pitanguy.

Quem faz um transplante precisa tomar remédios contra a rejeição continuamente. Mas, de resto, pode ter uma vida praticamente normal. Essas cirurgias são sempre bastante complexas e envolvem várias especialidades médicas. Em alguns casos, os médicos chegam a se revezar sobre a mesa de operação.





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