segunda-feira, 8 de junho de 2015

Jesus está presente no Natal?

 
 
 
       Você já parou para pensar em fazer ou participar de uma festa onde o aniversariante não estivesse presente?
Lembro-me de um caso, quando duas mulheres bem vestidas estavam almoçando em um restaurante muito caro. Uma amiga as viu, aproximou-se de sua mesa, cumprimentou-as e perguntou: “Qual a ocasião especial?”. Uma das mulheres disse: “É a nossa festa de aniversário para o bebê de nossa família. Ele faz dois anos hoje”.
       A amiga olhou ao redor procurando a criança, mas as duas mulheres estavam sós. “Mas, onde está o bebê”, perguntou. A mãe da criança respondeu: “Ah, eu o deixei na casa de minha mãe. Ela cuidará dele até terminarmos a festa. Não teria a mínima graça se o trouxéssemos junto”.
       Talvez você pense: “Que coisa ridícula! Celebrar o aniversário de uma criança que não é bem-vinda em sua própria festa!”
       Todavia, se você parar para pensar, isto não é tolice maior do que passar pela época do Natal, com todas as alegres festividades, sem, contudo, lembrar-se da pessoa cujo aniversário deveríamos estar homenageando. Pois é exatamente assim que muitas pessoas celebram o Natal.
A agitação natalina é garantida: festas abundantes, compras desmedidas e alegres trocas de presentes, muitas reuniões familiares, incontáveis almoços e jantares. Mas Aquele cujo aniversário está sendo comemorado é quase completamente esquecido. No máximo, há um lugarzinho num presépio em algum canto, mas o Seu nome sequer é mencionado.
Ora, Jesus é a razão do Natal, a única. A festa deveria ser de Jesus. Mas parece que Ele não é bem-vindo em Sua própria festa. Veja o comportamento das pessoas, as propagandas natalinas, as decorações nas lojas etc. Por exemplo, nas mensagens natalinas, nem mesmo lhe permitem dar o ar de Sua graça, antes lhe rouba a cena um certo velhinho bonachão e generoso. A festa é do Filho de Deus, mas quem realmente aparece é um certo Papai Noel. A festa é do menino Jesus, mas o bom velhinho tornou-se mais popular que o próprio dono da festa.
Fala-se até de “espírito do Natal”, mas esse está longe de ser o Espírito de Cristo. Antes, pode ser um sorriso amigo entre estranhos, o som de canções familiares, uma árvore com luzes piscando num emaranhado de enfeites, ou apenas um sentimento gostoso de ter chegado esta época do ano.
Mas a questão que se impõe é: por que Jesus não é bem-vindo na festa que deveria ser Dele? As mulheres foram ao restaurante sem o bebê aniversariante porque a presença dele ali “não teria a mínima graça”. Possivelmente, a presença de Jesus seria extremamente embaraçosa para aqueles cujos corações estão longe Dele, portanto, não teria graça nenhuma para aqueles cujas vidas não transitam no “caminho estreito” da graça de Deus, mas correm avidamente nas “largas avenidas” do pecado.
No entanto, para aqueles que conhecem Jesus, a Sua presença traz refrigério, transmite paz, infunde segurança, instaura alegria, inspira graça e revela a salvação de Deus.
O que aconteceria se convidássemos Jesus para o nosso Natal? O que Ele diria face ao nosso comportamento? E nós, como nos sentiríamos diante da Sua presença magnífica e ao mesmo tempo simples?
Haveria lugar para Jesus no nosso Natal? Como lhe justificaríamos o nosso modo de vida? De que maneira nos comportaríamos face à vergonha por tê-lo esquecido na maioria dos outros dias do ano?
O Natal somente se tornará uma “festa”, na acepção do termo, se de fato dermos um lugar especial para Jesus em nossos corações; e, obviamente, se isso vier a facultar uma mudança essencial e prática no rumo de nossas vidas.
É o nosso encontro pessoal com Jesus que abre a nossa mente e coração para andarmos pelo “novo e vivo caminho” que Ele abriu em direção ao Pai Celestial, pois só Ele é o Salvador que nos conduz ao Pai.
Natal é boa notícia. Quando Jesus nasceu, um anjo anunciou: “...eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” Logo depois, “subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.10-14).
Desse modo, o Natal, muito mais que uma festa, é um desafio de Deus para nós, que pode ser resumido assim: volte-se para Jesus, deixe-o entrar em seu coração, salvar você e mudar o rumo da sua vida. Depois disso, obedeça e siga a Jesus, pois Ele é o Caminho que conduz à vida!
Onde está Jesus na sua festa de Natal? Responda convidando Jesus para participar com você e sua família, pois a presença Dele traz toda a graça de que você e sua família precisam para viver uma vida vitoriosa e alegre na presença de Deus e dos homens.
Feliz Natal! Feliz Jesus! Feliz Você!
 
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém








sexta-feira, 22 de maio de 2015

A Lei da Semeadura e da Colheita



 
 
 
 
“Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” — esse é o enunciado da Lei da Semeadura e da Colheita. Quando o apóstolo Paulo escreveu essa pérola aos gálatas (Gl 6.7), ele não estava estatuindo ou criando nada novo, apenas enunciava uma lei extremamente conhecida na sociedade agrícola de então, portanto, escrevia o óbvio ululante. Mas, mesmo sendo uma verdade tão óbvia, muita gente não se dá conta do potencial de bênção ou de maldição que a mesma encerra, dependendo da essência da semente plantada.
Essa lei tem aplicações gerais, portanto, é correto aplicá-la tanto em relação a coisas boas como a coisas más. Paulo escreveu: “Aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisso não há acepção de pessoas” (Cl 3.25). Salomão afirmou: “O que semear a injustiça segará males” (Pv 22.8). O profeta Isaías diz que, semeando-se justiça, colhe-se paz, tranquilidade e segurança (Is 32.17).
Quando se semeia amor, tem-se como resultado uma colheita de amor. As turbulências na vida muitas vezes podem ser fruto de algo que se plantou — “porque semeiam ventos, e segarão tormentas” (Os 8.7). As gentilezas são também fruto de gentilezas. Experimente “plantar” sorrisos, e veja se não terá uma colheita de sorrisos. Algo que se pode experimentar rotineiramente em relação ao sorriso “plantado” é que a colheita normalmente é imediata! Segundo o sábio Salomão, “a resposta branda desvia o furor” na mesma proporção em que “a palavra dura suscita ira” (Pv 15.1).
No episódio da prisão de Jesus, quando Pedro usou uma espada para cortar a orelha do servo do sumo sacerdote, Jesus o mandou embainhar a espada e acrescentou: “...pois todos os que lançam mão à espada, à espada perecerão” (Mt 26.52). Ele estava lembrando a Pedro da operacionalidade dessa lei.
Uma atitude crítica resultará com certeza em uma colheita de atitude crítica na mesma medida, independentemente de ser uma atitude correta ou não. Pregando no conhecido Sermão do Monte, Jesus esclarece essa questão: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”. Ou seja: julgamento produz julgamento. Se o julgamento for bom, produzirá em resposta bons julgamentos; se for injusto, produzirá julgamentos injustos.
Nesta ocasião Jesus estabeleceu a regra áurea das relações interpessoais na seguinte sentença: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Mt 7.12). Assim, Ele estava indicando uma aplicação positiva dessa lei. Para Jesus, não bastava a máxima confucionista — “não faças aos outros aquilo que não desejas que eles te façam” — era necessário que plantássemos o bem e tivéssemos uma colheita correspondente e proporcional ao nosso comportamento. De fato, ninguém em sã consciência quereria fazer males para receber males em troca. Para Jesus era necessário não apenas não semear males, e sim, semear o bem. Jesus tinha completo conhecimento da potencialidade de um ciclo positivo de bondade e dos benefícios disso para a humanidade.
Assim, aquilo que você planta, é também aquilo que vem a colher!
Nações eram usadas por Deus para executarem juízo sobre outras nações, e eram tratadas por Deus na medida do juízo que executavam. Se elas tratavam os conquistados com condescendência e misericórdia, eram tratadas dessa mesma forma. Se elas eram duros e cruéis, recebiam também isto da parte de Deus, que levantava outras nações para a devida tarefa de punição.
A Bíblia relata a história interessante do rei cananeu Adoni-Bezeque, que costumava escravizar os reis conquistados. Antes, porém, lhes cortava os polegares das mãos e dos pés. O povo de Israel, no caminho da conquista da terra de Canaã, guerreou contra aquele rei, e o prendeu, cortando igualmente os polegares de suas mãos e pés. Veja o testemunho desse rei: “Setenta reis, a quem haviam sido cortados os polegares das mãos e dos pés, apanhavam as migalhas debaixo da minha mesa: assim como eu fiz, assim Deus me pagou” (Jz 1.5-7). Ele plantou escravidão e corte de polegares e colheu exatamente isso em troca do seu comportamento desumano.
Há colheitas e colheitas. Umas demoram mais do que outras. Mas todas terão o seu momento onde estarão prontas para a ceifa. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu... tempo de plantar e tempo de colher o que se plantou”, diz o rei Salomão (Ec 3.1,2).
As últimas eleições presidenciais foram as mais sujas e ultrajantes de que se tem notícia na nossa história. Uma vergonha inominável! Uma lástima abominável! Uma sandice intolerável!
Quem disse o que disse, se bem ou mal, se justa ou injustamente, se verdade ou mentira, certamente terá a sua própria oportunidade de colher muitas vezes mais — porque a colheita é sempre maior do que a semeadura — da semente que plantou. Essa lei é implacável, ninguém dela escapa. É o próprio Deus quem garante!
Cuidado, Brasil! Cuidado, presidente! Cuidado, candidatos! Cuidado, autoridades! Cuidado, cidadãos! Aquilo que uma pessoa semear, isso também ceifará!
 
 
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
Google
 

Videos Engraçados