sábado, 2 de agosto de 2008

Campanha incentiva aleitamento materno







Em vigor até o dia 7, a campanha alerta para a importância da amamentação e realiza hoje o ‘Encontro no Parque’, reunindo mães lactentes

PEDRO ALVES/DC
O leite materno é o único alimento capaz de oferecer todos os nutrientes na quantidade exata que o bebê precisa para seu crescimento
JOANICE DE DEUS
Da Reportagem

Mato Grosso também participa da Semana Mundial da Amamentação, que começou ontem e vai até sete de agosto. Em Cuiabá, o “Encontro no Parque” promete ser o ponto alto da campanha que visa aumentar os índices de aleitamento materno e reduzir a desnutrição, a morbidade (adoecimento), principalmente, por infecções gastrointestinais e respiratórias e a mortalidade infantil no País.

O evento pretende reunir, neste sábado, centenas de mães lactentes no Parque Mãe Bonifácia, a partir das 16h30, com premiação àquelas com maior tempo de amamentação. Também estão previstas outras atividades como teatro, oficina de desenhos para crianças e captação de potes para o banco de leite humano (BLH).

Este ano, a semana tem como slogan “Se o assunto é amamentar, apoio à mulher em primeiro lugar”. Além de disseminar informações sobre o aleitamento materno, o objetivo é criar condições para apoiar as mães lactantes a oferecer exclusivamente o leite materno à criança até os seis meses e, a partir daí, complementar com outros alimentos, mas continuar amamentando até os dois anos ou mais.

Por isso, o apoio de toda a família bem como dos vizinhos, dos amigos e dos colegas de trabalho à mulher que amamenta é fundamental para garantir o aleitamento exclusivo (sem água, chá ou suco).

Membro do Comitê de Aleitamento Materno da Sociedade Mato-grossense de Pediatria, pediatra Roberto Vinagre, informou que a última pesquisa sobre a prevalência da amamentação exclusiva até os seis meses é de 1999. Na época, a capital apresentava um índice baixo, em torno de 4%. “O recomendado é que 100% das crianças sejam amamentadas exclusivamente até os seis meses”, disse. Ao observar que uma nova pesquisa vem sendo realizada pelo Ministério da Saúde (MS), Vinagre diz que a situação vem melhorando.

Isso em função das campanhas de estímulo ao aleitamento materno logo após o parto, assim como a aprovação da lei federal nº 11.265/06, que regulamenta a propaganda abusiva dos produtos que interferem na amamentação e foi elaborada com base na Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Criança de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL).

Além disso, a Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou por unanimidade o projeto de lei, de autoria parlamentar da senadora Patrícia Saboya (PDT/CE), que estende o prazo da licença maternidade de quatro para seis meses. “Vários municípios e estados já se adiantaram e adotaram a medida”, disse o presidente da Somape, José Rubens do Amaral. A adoção é opcional.

Inúmeros são os benefícios do leite materno para a mãe e o bebê. Ele é o único alimento capaz de oferecer todos os nutrientes na quantidade exata de que o bebê precisa para seu crescimento e desenvolvimento. Também garante ao bebê proteção contra infecções, alergias e outras doenças e, à mãe, menos chances de desenvolver anemia, câncer de mama e diabetes. Além de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.

BANCO DE LEITE – A campanha também quer incentivar a doação por parte das mães que tenham leite em execesso. Atualmente, o banco de leite do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) conta com 20 doadoras. Após pasteurizado, o leite é liberado para crianças da UTI. O telefone para contato é o 3615-7203.



www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=323247




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