Romeu Tuma Júnior reafirma apoio ao governo do Rio no caso da tortura à equipe do jornal O Dia
São Paulo - O secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, reafirmou hoje (2), em São Paulo, que o Ministério da Justiça está à disposição das autoridades do Rio de Janeiro para prestar apoio em qualquer situação emergencial, como a divulgada ontem (1º) pelo jornal carioca O Dia, de tortura sofrida por uma equipe de reportagem do jornal.
Assim como o ministro interino da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que já tinha manifestado, mais cedo, seu apoio ao governo do estado, Tuma Júnior disse que é inconcebível o que ocorreu com a equipe do jornal.
"Eu quero crer e tenho uma visão clara de que a polícia do Rio de Janeiro está dando a resposta necessária. Pelo que tenho conhecimento todas as providências estão sendo tomadas pelas autoridades policiais do Rio de Janeiro e, obviamente, o ministério de Justiça está à disposição a emprestar qualquer tipo de apoio. Não se pode conceber o que aconteceu", disse, ao participar da abertura do 2º Curso do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro para policiais civis.
O caso da tortura de uma repórter, um fotógrafo e um motorista do jornal, só foi divulgado ontem, mas ocorreu há cerca de 15 dias. Eles foram mmantidos em cárcere privado, durante sete horas, por milicianos, na favela do Batan, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Ali, levaram choques elétricos, socos e pontapés.
Os jornalistas produziam uma reportagem sobre o cotidiano de moradores de comunidades dominadas por grupos paramilitares. A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) investiga o caso.
Para Tuma Júnior, a violência sofrida pela equipe do jornal carioca é algo "repugnante, incompatível com o estado democrático". Na sua avaliação, as declarações do secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, de que as investigações já indicaram a possível participação de policiais na ação, demonstram que a polícia está agindo com transparência. "Toda instituição tem problemas e se a investigação está sendo feita, as pessoas estão sendo identificadas, nós também temos que ter o tempo para que a investigação não seja atrapalhada", observou..
O secretário nacional de Justiça afirmou, ainda, que acredita que o governo do estado não deixará de punir os culpados. "Não vai passar a mão, vai punir com rigor dobrado no nosso entendimento, porque não se pode conceber que um homem público, que exerce uma função pública de tanta relevância social como é a polícia, possa ser criminoso ao mesmo tempo", afirmou.
Fonte: Flávia Albuquerque Agência Brasil
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