ISLAMABAD (AFP) — Os dois principais líderes da oposição paquistanesa assinaram, neste domingo, uma declaração oficial sobre a formação de um governo de coalizão, e exigiram do presidente Pervez Musharraf que convoque o Parlamento o quanto antes.
Asif Ali Zardari, viúvo da ex-premier paquistanesa Benazir Bhutto (D), troca documentos com o ex-premier Nawaz Sharif |
Asif Ali Zardari, viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, e Nawaz Sharif, ex-primeiro-ministro, assinaram o pacto em entrevista coletiva imediatamente após a uma reunião para formar a coalizão.
Zardari é de fato o líder do Partido Popular do Paquistão (PPP), legenda de Bhutto que, junto com a de Sharif, ganhou as eleições legislativas de 18 de fevereiro passado, diante dos aliados de Musharraf.
"O PPP e o PML-N se comprometem em formar uma coalizão para um Paquistão democrático e assumir o mandato que o povo do Paquistão deu às forças democráticas", segundo a declaração conjunta lida por Sharif.
Os dirigentes de ambas as forças concordaram que "os sócios da coalizão estão prontos para formar os governos e que as assembléias Nacional e provinciais devem ser convocadas imediatamente".
Os dois partidos opositores negociavam desde quinta-feira a formação de seu governo e o nome do futuro primeiro-ministro, que deve sair do PPP.
Pervez Musharraf prometeu na sexta que convocará em uma ou duas semanas a Assembléia Nacional e as provinciais.
Desde a derrota que sofreram nas urnas os partidos ligados ao presidente, este disse que aceitaria trabalhar com a nova maioria.
"Necessitamos de um governo estável e paz na sociedade", declarou Musharraf no sábado ao pedir aos líderes opositores que deixem a política de lado e se concentrem na boa governabilidade, na gestão econômica e na estabilidade.
Musharaff negou as acusações de que está atrasando de propósito a convocação de um novo parlamento.
A ex-líder do PPP, Benazir Bhutto, foi assassinada em um atentado em Rawalpindi, Islamabad, em 27 de dezembro, o que provocou o adiamento das eleições.
O partido de Bhutto assinala como responsáveis pelo assassinato os dirigentes da equipe do presidente Pervez Musharraf e os serviços de inteligência.
Apesar de não ter apresentado qualquer prova que demonstre essas acusações, o partido reclama uma investigação internacional patrocinada pela ONU.
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