Cerimônia em homenagem ao ator foi restrita a familiares e amigos.
Torres morreu em casa, na quinta-feira (4), em Ipanema, aos 80 anos.
O corpo do ator Fernando Torres foi cremado por volta das 15h desta sexta-feira (5), do Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio.
Seu corpo foi levado para o forno crematório por volta das 14h, onde foi celebrado uma cerimônia. Segundo testemunhas, os filhos Cláudio e Fernanda Torres agradeceram a presença de todos e disseram que ninguém deveria ficar triste, porque o pai não gostaria.
Corpo chegou na manhã
O corpo do ator chegou à capela às 10h30. Logo em seguida, chegou o filho de Fernando, o diretor Cláudio Torres, que muito nervoso, pediu que os jornalistas deixassem a capela.
O ator Ítalo Rossi, amigo de Fernando Torres por 50 anos, compareceu.
"É uma perda irreparável", disse o ator.
Também estavam presentes os atores Tony Ramos, Cláudia Abreu, Otávio Augusto, Nathália Timberg, Sérgio Britto e Vinícius de Oliveira. O diretor Walter Salles e o escritor de novelas Sílvio de Abreu também chegaram para a cerimônia, assim como a carnavalesca e cenógrafa Rosa Magalhães.
Tony Ramos disse que o ator vai continuar vívo, sempre presente na memória. Sérgio Britto lembrou que ultimamente estava muito em contato com o ator devido à peça que está ensaiando com Fernanda Montenegro. Ele lembrou que Fernando, apesar de estar sofrendo muito com a doença - enfisema pulmonar - se esforçava para não demonstrar dor.
"Ele sofria em silêncio. Era um valente. Nunca demonstrava sensação de dor", disse Britto.
Torres morreu em casa, na tarde de quinta-feira (4), em Ipanema, na Zona Sul do Rio, aos 80 anos.
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Além de ser casado com Fernanda Montenegro, ele era pai de Fernanda Torres e do cineasta Cláudio Torres. O ator deixa também três netos.
Fernando estreou no teatro em 1949, atuando em "A Dama da Madrugada", de Alejandro Casona.
Em 1952, se casou com a também atriz Fernanda Montenegro, a quem tinha conhecido na época em que foi locutor.
Nos anos de 1956 a 1958, trabalhou no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), como ator e como assistente de direção, e assina pela primeira vez a direção de um espetáculo em "Quartos Separados", 1958.
Em 1959, fundou com Fernanda Montenegro, Sérgio Britto e Gianni Ratto, o Teatro dos Sete, onde atuou principalmente como produtor. Ainda na companhia, dirigiu “O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues, 1961, sendo premiado como diretor revelação.
Seu último trabalho no cinema foi sob a direção do filho Cláudio em "Redentor", de 2004, quando atuou ao lado da esposa, Fernanda Montenegro - veja a entrevista de Fernanda Montenegro para o RJ TV sobre o filme. Em "2000", ele fez uma participação especial na novela "Laços de Família".
Trabalhos na TV e cinema
Além de "Laços...", Fernando trabalhou em mais sete novelas na TV Globo. Em 1971, fez “Minha Doce Namorada”; em 1981, “Baila Comigo”; no mesmo ano, “Terras do Sem Fim” ; no ano seguinte, atuou em “Sétimo Sentido”; em 1983, “Louco Amor”; 1984 foi a vez de “Amor com Amor se Paga”; e em1997, contracenou com a mulher em “Zazá”.
Na antiga TV Rio, fez as seguintes novelas: 1963 - “Pouco Amor Não é Amor”; 1963 - “A Morta Sem Espelho”; 1964 - “Vitória”; 1965 - “Paixão de Outono” (foi o diretor).
Já na extinta TV Excelsior, fez em 1969, “Dez Vidas”. Na também extinta TV Tupi, trabalhou em 1970 - “A Gordinha”- e, no mesmo ano, “Simplesmente Maria”. Dirigiu para a TV Record, em 1968, “Ana”. Fez outros trabalhos em TV: 1982 - Caso Verdade: "A volta por cima" e 1983 - Quarta Nobre: “A Dama das Camélias”.
Além do filme do filho, Fernando Torres atuou em, pelo menos, 18 outros filmes, entre eles: “Engraçadinha Depois dos Trinta”, “A Penúltima Donzela”, “Golias Contra o Homem das Bolinhas”, “Os inconfidentes”, “O Beijo da Mulher Aranha”, “A Ostra e o Vento”.
http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL749741-7084,00-CORPO+DE+FERNANDO+TORRES+E+CREMADO.html
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