Segundo legistas, cortes podem ter sido feitos por Paula.
Noivo de brasileira disse que estava com medo de voltar para casa.
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A cúpula da polícia de Zurique afirmou que todas as possibilidades ainda estão sendo investigadas, mas confirmou que os detetives trabalham com a hipótese de que a bacharel em direito brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, tenha cometido autoflagelo.
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Paula alega ter sido agredida por três homens brancos, com cabelo raspados, na noite de segunda-feira (9) em Dubendorf, cidade que fica perto de Zurique. Ela diz que a agressão fez com que ela perdesse os filhos gêmeos que estava esperando, além de deixá-la marcada com cortes em todas as partes do corpo.
Segundo os laudos dos legistas, as cicatrizes são superficiais e simétricas, o que seria difícil de acontecer em um momento de violência, quando a vítima supostamente se debatia. Todas as marcas estão em lugares do corpo alcançáveis pela própria pessoa machucada.
Os peritos disseram ainda que os cortes podem ter sido feitos com um instrumento afiado ou com as próprias unhas. Isso tudo, segundo a polícia, não garante que Paula se feriu para simular um ataque, mas seria um forte indício a ser investigado.
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A brasileira Paula Oliveira. (Foto: Reprodução/Álbum de família)
Por telefone, a reportagem informou o pai da brasileira internada no Hospital Universitário de Zurique sobre as conclusões da polícia. O advogado Paulo Oliveira disse estar chocado com o que chamou de ''meras especulações”. Ele acha que a polícia da Suíça está querendo apenas desviar o foco do assunto e insiste que tudo o que está sendo dito tem que ser provado. Oliveira falou que só vai conversar com a filha sobre a reviravolta do caso quando ela deixar o hospital.
Esta tarde, antes da entrevista coletiva da polícia, Paulo conversou pessoalmente com a reportagem. Ele citou a suposta gravidez da filha.
“O que me trouxe aqui foi o sentimento de pai para apoiar a filha e também a dor de ter perdido o que seriam as minhas primeiras netas.”
O noivo de Paula Oliveira também deu entrevista a um jornal de Zurique, antes de saber da versão policial. Marco Trapp disse que estava com medo de voltar para casa porque não se sentia seguro com os agressores da noiva ainda soltos nas ruas.
Na empresa onde Paula trabalha, a chefe do departamento de recursos humanos revelou que a gravidez da brasileira ainda não havia sido comprovada por um médico suíço. Gabriela Niederman deu uma cópia da circular do departamento de relaçoes públicas, que proibe os funcionários de dar entrevistas sobre o caso. Mas longe das câmeras, afirmou que no dia do incidente Paula saiu do trabalho dizendo que na manhã seguinte iria consultar um ginecologista e fazer exames, inclusive ultrassom, pela primeira vez.
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