Pelo menos 84 pessoas morreram na sequência dos incêndios que estão a afectar, em particular, uma zona rural a norte de Melbourne e que já provocaram a destruição de várias casas, um balanço que não pára de subir.
O actual balanço é já superior o número de mortos ocorrido em 1983 na chamada “Quarta-feira de Cinzas”, até agora o incêndio mais mortífero no país, em que perderam a vida 75 pessoas também após os vários incêndios que afectaram esta região.
Enquanto diversos bombeiros continuam a combater as chamas no Estado de Vitória, mas também na Nova Gales do Sul onde pelo menos 700 casas já foram destruídas apenas durante este fim-de-semana.
O primeiro-ministro australiano já classificou estes incêndios como um «inferno com toda a sua fúria que visitou Vitória» e uma «terrível tragédia».
«Por causa disto, é também uma terrível tragédia para a nação. A Austrália apoia o Estado de Vitória neste momento horrível», acrescentou Kevin Rudd.
Manuel Oliveira, um português que reside a cerca de 70 quilómetros da região mais afectada por estes incêndios, duvida que haja portugueses que tenham sido afectados por estes fogos.
«Não deve haver muitos portugueses afectados naquela zona, porque é uma zona onde não habitam assim muitos portugueses. Não tive notícia de portugueses afectados. Penso que ali a maioria das pessoas deve ser australiana», acrescentou.
Este português residente em Gilong, no Estado de Victoria, confessou que esteve muito calor na zona onde está, mas lembrou que nessa zona existem muitas urbanizações e por isso não há grande perigo de incêndios.
«Onde houve estes fogos estão casas situadas na montanha. Aí com certeza as pessoas não cortam as árvores e gostam de viver naquele ambiente arborizado. Então quando está quente há sempre folhas e ramas secas e com qualquer coisa é fácil o fogo», concluiu.
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