Cidade do Vaticano, 12 fev (EFE).- O papa Bento XVI criticou hoje os grupos que promovem o aborto "como controle da natalidade e o apresentam como um tratamento da saúde materna".
"É irônico que alguns grupos, através de programas de ajuda, promovam o aborto como um tratamento de saúde materna. Trata-se de acabar com uma vida para supostamente melhorar a qualidade de vida", afirmou o papa no discurso feito hoje ao novo embaixador da Austrália na Santa Sé, Timothy Andrew Fischer, que apresentou suas credenciais.
Bento XVI destacou o trabalho que a Igreja Católica realiza através de ordens religiosas e organismos eclesiásticos no setor da saúde em países pobres onde o Estado não cobre todo o território, e ressaltou que oferece serviços ginecológicos "de alta qualidade" para atender às necessidades das mulheres.
No ano passado, o papa acusou as agências internacionais de promover o aborto na África e ressaltou que, para a Igreja Católica, "esta destruição direta de uma vida inocente humana nunca pode ser justificada".
Embora o Pontífice não tenha dado nenhum nome sobre as "agências" e organizações internacionais, nos últimos anos, o Vaticano criticou a Anistia Internacional (AI) por "defender o direito da mulher de abortar em caso de estupro".
A AI desmentiu isso categoricamente, indicando que o que defende é o direito da mulher de decidir, "livre de temor, ameaça e coerção", sobre "as eventuais consequências do estupro e de outras graves violações a seus direitos humanos". EFE
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