Centenas de milhares de pessoas são esperadas esta quinta-feira nas 200 manifestações que se deverão realizar em França. A greve geral, a afectar todo o país, tem como ponto alto da visibilidade um desfile, que deverá iniciar-se na Praça da Bastilha às 14 horas locais (13 horas em Lisboa).
Nos últimos dias, os sindicatos e a oposição tinham anunciado que esperavam para esta quinta-feira uma mobilização maciça e inédita desde o início do mandato de Nicolas Sarkozy, em 2007. A "quinta-feira negra" prometida por alguns sindicatos não parece contudo ter-se concretizado.
O funcionamento dos transportes está a ser particularmente afectado na circulação dos comboios regionais e da região de Paris, com apenas 35 % das composições, indicou a SNCF (caminhos de ferro franceses). Desde quarta-feira à noite, não circulou qualquer comboio com percurso nacional ou internacional.
Em Paris, o metro estava a funcionar a 75 % e os autocarros a 85 % da capacidade, anunciou a empresa de transportes RATP.
A nível nacional, a SNCF prevê que circulem 60 % dos comboios de alta velocidade, e prevê que a circulação dos comboios Eurostar e Thalys que ligam a França a Inglaterra e à Bélgica não seja afectada por este protesto.
Em relação ao transporte aéreo, as empresas prevêem que a greve implique a anulação de 10 por cento dos voos do aeroporto de Roissy-Charles De Gaulle e 30 por cento do de Orly.
A circulação rodoviária nos arredores e nas cidades de Lyon, Bordéus, Marselha e Toulouse era semelhante à observada num dia normal.
A palavra de ordem dos sindicatos, apoiados pela oposição socialista, foi a defesa dos salários, do poder de compra e dos serviços públicos.
A convocação para a greve incluía os sectores público e privado, mas em França as batalhas dos sindicatos concentram-se na função pública.
A greve deve ser particularmente sentida no sector da educação, onde o descontentamento é muito forte devido às reformas do governo de Sarkozy.
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