A dois dias de se tornar no 44.º Presidente dos Estados Unidos e no dia em que deu início às celebrações da sua tomada de posse, Barack Obama apelou este domingo à unidade de todos os americanos numa altura em que o país enfrenta desafios tão importantes como a guerra e ainda uma grave crise económica.
Barack Obama deu início ontem às celebrações da sua tomada de posse pedindo unidade a todos os seus concidadãos. Nas escadas do Lincoln Memorial, onde Martin Luther King foi assassinado e pronunciou o seu famoso discurso "I have a dream", Obama pediu unidade como única forma para os EUA saírem da grave crise em que o país se encontra.
“Se conseguirmos identificar-nos uns com os outros e unir-nos, não só recuperaremos a esperança e a capacidade em sítios onde são necessárias, mas também melhoraremos o nosso país", disse Obama no Lincoln Memorial em pleno centro de Washington.
Recessão, encerramento da prisão de Guantanamo, retirada das tropas do Iraque, reforços no Afeganistão e crise no Médio Oriente são apenas alguns dos desafios com que Obama se irá confrontar a partir de amanhã quando tomar posse como Presidente dos Estados Unidos.
O Presidente eleito dos EUA alertou para o momento grave que o país atravessa realçando que ao longo da história norte-americana “só um punhado de gerações se viram confrontadas com desafios tão graves” como aqueles que actualmente os Estados Unidos se confrontam.
O primeiro Presidente eleito negro dos Estados Unidos proferiu um curto discurso perante uma multidão que assistiu a um concerto gratuito reunindo nomes como os de Beyoncé, Mary J. Blidge, Bruce Springsteen, Bono e Stevie Wonder e que reuniu milhares de pessoas na capital federal.
"Apesar da enormidade da tarefa que nos espera, apresento-me hoje perante vós intacto na minha convicção de que os Estados Unidos da América vão viver, que o sonho dos nossos pais fundadores vai continuar a viver hoje", referiu Obama junto ao monumento dedicado ao Presidente Abraham Lincoln.
As cerimónias da tomada de posse de Barack Obama vão prolongar-se por quatro dias tendo hoje Obama e o vice-presidente eleito, Joe Biden, acompanhados das respectivas mulheres, obrigações em actividades ligadas às comunidades e em memória de Luther King, o líder negro assassinado cujo nascimento é assinalado hoje com um feriado, prevendo-se para a noite um grande "Concerto da Juventude".
Ainda esta noite vão realizar-se três banquetes em honra de três cidadãos norte-americanos que "consagraram as suas vidas ao serviço público, sem espírito partidário": o senador republicano John McCain, adversário derrotado por Obama nas presidenciais, o general Colin Powell, antigo secretário de Estado de George W. Bush e actual apoiante do futuro presidente, e o vice-presidente eleito Joe Biden.
Amanhã será o grande dia das cerimónias com a tomada de posse de Barack Obama, dia em que são esperadas perto de dois milhões de pessoas em Washington, quer para assistirem à cerimónia, quer para participarem na parada que assinala o dia.
A cerimónia de investidura inicia-se às 10 horas locais, três da tarde em Lisboa, ao ar livre e frente ao Capitólio, sede do Congresso norte-americano com Barack Obama a prestar juramento ao meio-dia, 17 horas em Lisboa, sobre a Bíblia de Abraham Lincoln após o qual irá pronunciar o discurso de investidura.
A parte da tarde será preenchida ainda com um desfile composto por bandas e fanfarras de todo o país até à Casa Branca seguindo-se à noite dez bailes "oficiais" e dezenas de outros em honra do casal presidencial.
Para quarta-feira de manhã, último dia das celebrações, o Presidente, o vice-presidente e respectivas famílias assistem a um serviço religioso na catedral de Washington.
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