quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Aécio e Serra: cada um na sua capital

Apesar de o ex-governador paulista não ter sido citado, as discretas mensagens entre os aliados tucanos deram a entender que os dois presidenciáveis continuam em lados opostos. [...]José Serra deixou o recado: ele se predispôs a dar uma força, dentro do PSDB, ao nome que Aécio Neves escolher em BH nessa aliança.






BRASÍLIA, 31 de janeiro de 2008 - O jantar dos governadores tucanos Aécio Neves, de Minas Gerais, e José Serra, de São Paulo, na noite de terça-feira, em Belo Horizonte, teve um adicional amargo no cardápio: Geraldo Alckmin. Apesar de o ex-governador paulista não ter sido citado, as discretas mensagens entre os aliados tucanos deram a entender que os dois presidenciáveis continuam em lados opostos. Aécio sugeriu que o PSDB tenha candidatura própria para a prefeitura de São Paulo, num lobby por Alckmin. Serra disse que isso cabe ao PSDB paulista, e que a melhor opção é a aliança com o DEM, pela reeleição de Gilberto Kassab, segundo interlocutores ouvidos após o encontro.




Os dois se encontraram no Palácio das Mangabeiras, residência oficial de Aécio, a pedido de Serra. A intenção era aparar as arestas, fortes nomes do PSDB para disputar a presidência da República daqui a três anos. A iniciativa de Serra deu a entender no tucanato mineiro que haverá uma nova trégua. Aécio teme que as movimentações do governador paulista pela reeleição de Kassab fortaleçam Serra na disputa interna em 2009 para escolher o candidato ao Planalto. Serra e Aécio conversaram descontraidamente, apesar do mal estar inicial.




"Acho que o PSDB deve ter candidato próprio em São Paulo", comentou Aécio, segundo fontes.. Serra, concentrado, não perdeu a compostura e rebateu o recado: "Na minha opinião, cada estado deve cuidar de sua questão municipal", respondeu, referindo-se às disputas em São Paulo e Belo Horizonte.




Na capital mineira, Aécio quer emplacar uma dobradinha inédita: uma coligação envolvendo PSDB e PT. O prefeito petista Fernando Pimentel encerra seu segundo mandato. Articula com Aécio o nome de Márcio Lacerda (PSB), secretário de Desenvolvimento Econômico do governo. Serra deixou o recado: ele se predispôs a dar uma força, dentro do PSDB, ao nome que Aécio escolher em BH nessa aliança. Em contrapartida, Aécio não mexe no PSDB paulistano. Entrelinhas: cada um cuida do seu quintal.




A justificativa encontrada para Serra aparecer em Minas foi a velha troca de informações administrativas. (Márcio Falcão e Leandro Mazzini - Gazeta Mercantil)



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