sábado, 26 de janeiro de 2008

Annan diz que violência no Quênia é mais étnica do que política

O Texto é do site:
http://www.blogger.com
e a foto da Agência da BBC internacional


Benadi Mbawa, 32, who was attacked by men with machetes, sits bandaged on a hospital bed, in Nakuru, Kenya

EFE

Nairóbi - O ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan afirmou neste sábado, 26, ter visto uma "situação dramática" na sua visita-relâmpago ao Vale do Rift e concluiu que a violência no Quênia é mais étnica do que política.



Acompanhado pelo ex-presidente da Tanzânia Benjamin Mkapa e pela ex-primeira-dama de Moçambique e atual esposa do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, Graça Machel, Annan concedeu uma breve entrevista coletiva em Nairóbi na qual expressou sua consternação pela "situação desastrosa" no Vale do Rift.



O ex-secretário-geral da ONU explicou que observaram uma mudança quanto à natureza dos incidentes violentos no Quênia.



Para Annan, "não se trata da ira de cidadãos furiosos pelos resultados das eleições gerais. Agora é outra coisa, uma violência mais étnica do que política".



O ganês Annan, que lidera o grupo de personalidades encarregado de mediar o conflito entre o Governo queniano de Mwai Kibaki e o líder opositor Raila Odinga, do Movimento Democrático Laranja (ODM), declarou ter "provas das muitas violações dos direitos humanos que estão sendo cometidas naquela região".



O Vale do Rift é o reduto político de Raila Odinga e bastião dos luos, terceiro maior grupo étnico do Quênia e do qual o líder do ODM faz parte.



Segundo fontes policiais e das Nações Unidas, as vítimas da onda de violência que atinge o Quênia são majoritariamente quicuios, a etnia mais numerosa do país e à qual pertence Kibaki.



Os choques entre clãs e facções já deixaram cerca de 800 mortos e mais de 250 mil deslocados.



Kofi Annan considerou que "os líderes políticos têm a obrigação de entrarem em acordo para que o Quênia não continue nesta situação crítica dentro de cinco anos".



Ele disse que o Governo queniano deve estabelecer as medidas necessárias para "garantir a segurança essencial de qualquer cidadão nestes momentos terríveis".



Annan contou que permanecerá por mais alguns dias no Quênia para tentar reunir novamente Kibaki e Odinga, "para que ponham ponto final a esta crise nacional, humanitária e econômica que também afeta toda a região".


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