Com a confirmação do novo salário mínimo em R$ 510, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acumulará, nos oito anos de seu governo, um ganho real (desconsiderada a inflação) de 53,46% no valor do mínimo. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado nesta terça-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Trata-se do maior valor desde 1986, quando o salário mínimo real médio anual era de R$ 520,09, segundo o Dieese.
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Em 2003, quando Lula chegou ao Palácio do Planalto, o salário mínimo teve um aumento real de 1,23%, saltando de R$ 200 para R$ 240. No ano seguinte, o mínimo foi para R$ 260 (+1,19%). Em 2005, subiu para R$ 300 (+8,23).
No ano de 2006, o salário mínimo teve o maior ganho real do governo Lula, com 13,04% de alta, indo a R$ 350. Em 2007 e 2008, o mínimo era de R$ 380 (+5,10%) e R$ 415 (+4,03%), respectivamente, chegando aos atuais R$ 465 (+5,79). Com a alta a R$ 510, o salário do trabalhador terá um ganho real de 5,87% em 2010, segundo o Dieese.
Ganhos e gastos
As projeções do Dieese apontam que o novo mínimo injetará R$ 26,6 bilhões à economia, gerando R$ 7,7 bilhões a mais em arrecadação tributária sobre o consumo.
Por outro lado, o impacto do aumento de R$ 45 no mínimo significará um custo adicional de cerca de R$ 10,85 bilhões ao ano nas contas da Previdência. O Dieese explica que a alta de R$ 1 no mínimo gera gastos de R$ 241,1 milhões por ano na folha de benefícios da Previdência.
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