sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Otan apoia Obama e garante pelo menos 7 mil soldados ao Afeganistão

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Da EFE





Bruxelas, 4 dez (EFE).- Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) apoiaram hoje de forma unânime os novos planos para o Afeganistão anunciados pelo presidente americano, Barack Obama, e garantiram o envio de um mínimo de 7 mil soldados adicionais ao país asiático em 2010, procedentes de pelo menos 25 países.

"Toda a Otan deu apoio a esta estratégia", ressaltou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, depois de se reunir com os responsáveis de Exteriores da Aliança Atlântica, em Bruxelas.

Hillary agradeceu o reforço militar anunciado pelos membros da Otan e seus parceiros, e considerou "fundamental" manter essa "determinação até que a missão esteja concluída".

Com os compromissos aliados e o aumento de tropas divulgado esta semana pela Casa Branca, a missão internacional no Afeganistão contará em 2010 com 37 mil efetivos a mais em comparação a esse ano.

O responsável pelas operações militares no Afeganistão, Stanley McChrystal, tinha solicitado há meses um reforço de 40 mil soldados para aumentar a segurança no país.

O Reino Unido, com 1,2 mil soldados, e a Itália, com 1,14 mil, lideram em quantidade as novas contribuições da Aliança para trabalhar na estabilização do Afeganistão.

Junto com eles, a Polônia oferecerá cerca de 600 efetivos. Geórgia e Coreia do Sul - dois Estados que não pertencem à Otan, mas que cooperam com ela na missão internacional - enviarão 920 e 400 militares, respectivamente.

Outros Governos, como o da França, descartaram enviar mais pessoal, exceto para contribuir no treinamento das forças de segurança afegãs.

"Não é o número de tropas que conta, são as missões. Para nós, temos tropas suficientes onde estamos", disse hoje o ministro de Exteriores francês, Bernard Kouchner.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse que vários países estarão em posição de anunciar novos reforços nas "próximas semanas e meses".

Alguns estão estudando opções e ainda não precisaram uma possível contribuição à nova estratégia de Obama, que inclui aumentar as tropas para reduzir a violência dos insurgentes, impulsionar a capacidade de ação do Governo afegão e aumentar a ajuda para o desenvolvimento ao país.

A Alemanha esperará até a conferência internacional sobre o Afeganistão, que será realizada em Londres, no final de janeiro do próximo ano, para tomar uma decisão.

"As nações estão apoiando suas palavras com fatos", disse Rasmussen, em entrevista coletiva, na qual advertiu que "ninguém deve esperar resultados instantâneos" da nova iniciativa internacional.

Tanto o secretário-geral aliado quanto Hillary destacaram hoje que o começo da retirada fixado por Obama para julho de 2011 será realizado "de forma responsável e de acordo com as circunstâncias no terreno".

"Não será uma corrida por sair, será uma transição bem coordenada e preparada para dar responsabilidade aos afegãos em províncias e distritos nos quais as condições permitirem", disse Rasmussen.

Para esse objetivo, será fundamental o trabalho de formação de soldados e policiais afegãos, que a Otan deve reforçar em 2010.

A Aliança Atlântica definiu como objetivo que, até o final de outubro de 2010, o Exército afegão conte com 134 mil soldados - atualmente dispõe de cerca de 97 mil - e que haja no país 96,8 mil policiais em junho - agora há 93,8 mil, mas muitos sem formação adequada.

Além disso, a Otan não descarta aumentar esses objetivos, uma vez alcançados, e estuda aumentar o efetivo do Exército para 240 mil homens e a Polícia, para 160 mil membros.

Com o plano atual, haveria quatro soldados para cada mil habitantes no Afeganistão, relação muito inferior à de países vizinhos, como o Paquistão, onde essa proporção chega a sete, ou Irã, com oito.

"Estamos em um momento vital. Todos sabemos que, nos anos 90, o Afeganistão foi a incubadora do terrorismo internacional", advertiu hoje o ministro de Exteriores britânico, David Miliband, que pediu que todos os Governos façam "o máximo possível". EFE



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