Países reconhecem direito pelo uso civil da energia atômica e se comprometem a prevenir tráfico
estadão.com.br
WASHINGTON - Os líderes dos 47 países que participam da Conferência de Segurança Nuclear de Washington fecharam um acordo nesta terça-feira, 13, para controlar todo o material nuclear do mundo, segundo uma proposta dos EUA, de acordo com um rascunho da declaração final do evento obtido pela agência de notícias AFP.
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Ainda segundo o documento, as nações presentes no encontro convocado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, reconheceram o direito ao uso pacífico da energia nuclear, mas disseram que será necessária a cooperação e a assistência mútua para que esses objetivos sejam atingidos. No encontro ficou definido que serão adotadas práticas de segurança que "não infrinjam os direitos dos Estados de usar a energia nuclear para fins pacíficos".
Os países presentes na cúpula sublinharam que "o terrorismo nuclear é uma das maiores ameaças para a segurança internacional".Eles asseguram que a melhor forma de prevenir que grupos terroristas, criminosos e outros atores ilícitos adquiram material radioativo é a implementação de "fortes medidas de segurança".
Além disso, as nações se comprometeram neste segundo dia do encontro a se unir para prevenir que "atores não estatais", como organizações terroristas, consigam acesso a qualquer material nuclear para "fins malignos". A cooperação para prevenir o tráfico ilegal desse tipo de material também foi acordada entre as nações.
Também foi acordado que os materiais nucleares são responsabilidade "fundamental" dos Estados e ressaltaram que o urânio altamente enriquecido e o plutônio refinado em particular requerem medidas especiais de proteção. Os países respaldaram a conversão de reatores que utilizam urânio altamente enriquecido por outros que usem combustível pouco enriquecido.
Segundo o documento, que deve ser lido após um discurso de encerramento do líder americano, os países prezarão pela redução do uso de urânio altamente enriquecido sempre que seja "técnica e economicamente possível", além de reafirmarem o papel "essencial" da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no campo da segurança nuclear, assim como das Nações Unidas, da Iniciativa Global para Combater o Terrorismo Nuclear e da Aliança Global contra a Proliferação de Armas e Materiais de Destruição Em massa.
Outro ponto definido pelas nações participantes da cúpula de Washington prevê a melhora da "cultura da segurança nuclear" por meio do desenvolvimento da tecnologia, do treinamento e da cooperação entre todos os envolvidos.
Com informações da agência Reuters
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