Rio de Janeiro, 6 jan (EFE).- Pelo menos 48% das indústrias brasileiras planejam aumentar seus investimentos em 2010 e 17% pretendem reduzi-los, conforme uma pesquisa entre os industriais divulgada hoje pela Fundação Getulio Vargas.
Os números da Sondagem de Investimentos da Indústria de Transformação demonstram uma melhoria do ânimo e das expectativas dos empresários para o ano já que no início de 2009, quando o país estava sob os efeitos da crise global, o percentual de industriais que pretendia aumentar seus aportes era de 41% e o que queria diminuí-los era de 28%.
A intenção de investimento dos empresários para este ano ficou abaixo da média no início de 2008, quando o Brasil estava em um período de crescimento sustentável e antes que a crise econômica fosse sentida no país.
Na época, 53% dos industriais planejavam incrementar seus investimentos e apenas 13% pensava em reduzi-los.
A pesquisa da FGV consultou os responsáveis por 762 empresas em 24 dos 27 estados do país e cujas vendas em 2008 somaram cerca de R$ 460 bilhões.
"A melhoria gradual e consistente do ambiente de negócios, o maior nível de uso da capacidade instalada e a confiança dos fábricas se refletiu nas previsões para 2010", segundo a fundação.
Na dianteira da intenção de acelerar os investimentos está o setor de bens e consumo não-perecíveis, como automóveis e eletrodomésticos (58% planeja aplicar mais e 16% reduzir), de acordo com o estudo.
"O aumento da renda dos brasileiros, o prolongamento das isenções fiscais concedidas pelo Governo para segmentos desta categoria e a manutenção das condições favoráveis de crédito são fatores que devem sustentar o dinamismo do setor em 2010", diz a FGV.
O estudo também identificou uma "importante" recuperação na intenção de investimentos dos produtores de bens de capital (máquinas e equipamentos).
As previsões dos industriais com relação às vendas que esperam para 2010 também são mais otimistas que as feitas para o ano passado.
Enquanto o percentual de industriais que espera crescimento nas vendas subiu de 62%, em 2009, para 69%, em 2010, o de que prevê uma redução caiu de 12% para 8%, no mesmo período.
A pesquisa identificou que os industriais pretendem ampliar suas contratações em 2010.
Cerca de 40% desejam contratar mais e 12% fazem planos de reduzir o número de trabalhadores. EFE
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