SÃO PAULO - "Estou pronto para entrar em campo", disse esta manhã o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista coletiva concedida antes de deixar o Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, com destino a Brasília. "Ele está liberado para cumprir a agenda", confirmou em seguida o cardiologista Roberto Kalil Filho, que coordenou a série de exames a que Lula foi submetido pela manhã. "Eu vou continuar viajando. Graças a Deus, eu estou com a saúde perfeita", disse o presidente. "Parece que os exames estão perfeitos."
Bem-humorado, Lula disse que vai manter o ritmo de viagens previsto antes da crise hipertensiva que teve na quarta-feira em Recife, quando embarcaria para o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde seria homenageado com o prêmio de Estadista Global. "A agenda não é um problema de campanha", disse o presidente. "É um compromisso que a gente assume e tem de cumprir. Tem de dar um jeito. A gente não pode deixar a peteca cair. Se a gente esmorece, todo mundo esmorece."
"Quem engorda o porco é o olho do dono", completou Lula. "Se o presidente não ficar cobrando, as coisas não acontecem." Questionado se teria ficado assustado com o mal-estar de quarta-feira, Lula amenizou o problema. "Assustado, não: eu fiquei preocupado", afirmou. "Por mim, tomaria um remediozinho e iria para Davos", disse, explicando que desistiu da viagem por orientação de seu médico pessoal, Cléber Ferreira, que é coronel do Exército.
Lula também atribuiu a crise de quarta-feira ao excesso de cansaço e às poucas horas de sono. "Todo cidadão, por mais bem fisicamente que esteja, chega uma hora que, se exagera, ele vai sentir." Sob a supervisão de Kalil Filho, o presidente fez ecocardiograma, tomografia das artérias, ultra-som do abdômen e da próstata, além de teste de função pulmonar e exames de sangue e urina. "São exames que o presidente deveria ter feito entre outubro e dezembro", afirmou o cardiologista, explicando que o check-up foi um complemento da investigação médica iniciada em Recife. Na quarta-feira, Lula foi internado após uma crise hipertensiva, quando sua pressão chegou a 18 por 12.
Kalil lembrou que o presidente costuma caminhar todo dia por entre uma hora e uma e meia, mas a rotina deve ter sido afetada pela agenda tumultuada dos últimos dias. "Os resultados saíram absolutamente normais. O presidente é uma pessoa saudável e não recomendo medicação", afirmou o médico.
Aconselhado pelo cardiologista, no entanto, Lula deve controlar melhor a dieta - com atenção ao sal - e retomar a atividade física diária. "O presidente não é uma pessoa hipertensa, mas tem histórico na família, tem irmãos hipertensos", disse Kalil.
Mesmo dizendo que vai manter a rotina de viagens e compromissos, o presidente reconheceu que aumentará os cuidados com a saúde. "Vou melhorar a qualidade da minha dieta e da (parte) física", afirmou. Ele também admitiu que tem certa resistência à realização de exames anuais para acompanhamento da saúde. "É como levar o carro à concessionária achando que o problema está na porta direita e está em todo lugar", comparou. "Com a gente é assim: começa com um problema de pressão, depois vai ver está com problema até na unha do pé."
Bem-humorado, Lula disse que vai manter o ritmo de viagens previsto antes da crise hipertensiva que teve na quarta-feira em Recife, quando embarcaria para o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde seria homenageado com o prêmio de Estadista Global. "A agenda não é um problema de campanha", disse o presidente. "É um compromisso que a gente assume e tem de cumprir. Tem de dar um jeito. A gente não pode deixar a peteca cair. Se a gente esmorece, todo mundo esmorece."
"Quem engorda o porco é o olho do dono", completou Lula. "Se o presidente não ficar cobrando, as coisas não acontecem." Questionado se teria ficado assustado com o mal-estar de quarta-feira, Lula amenizou o problema. "Assustado, não: eu fiquei preocupado", afirmou. "Por mim, tomaria um remediozinho e iria para Davos", disse, explicando que desistiu da viagem por orientação de seu médico pessoal, Cléber Ferreira, que é coronel do Exército.
Lula também atribuiu a crise de quarta-feira ao excesso de cansaço e às poucas horas de sono. "Todo cidadão, por mais bem fisicamente que esteja, chega uma hora que, se exagera, ele vai sentir." Sob a supervisão de Kalil Filho, o presidente fez ecocardiograma, tomografia das artérias, ultra-som do abdômen e da próstata, além de teste de função pulmonar e exames de sangue e urina. "São exames que o presidente deveria ter feito entre outubro e dezembro", afirmou o cardiologista, explicando que o check-up foi um complemento da investigação médica iniciada em Recife. Na quarta-feira, Lula foi internado após uma crise hipertensiva, quando sua pressão chegou a 18 por 12.
Kalil lembrou que o presidente costuma caminhar todo dia por entre uma hora e uma e meia, mas a rotina deve ter sido afetada pela agenda tumultuada dos últimos dias. "Os resultados saíram absolutamente normais. O presidente é uma pessoa saudável e não recomendo medicação", afirmou o médico.
Aconselhado pelo cardiologista, no entanto, Lula deve controlar melhor a dieta - com atenção ao sal - e retomar a atividade física diária. "O presidente não é uma pessoa hipertensa, mas tem histórico na família, tem irmãos hipertensos", disse Kalil.
Mesmo dizendo que vai manter a rotina de viagens e compromissos, o presidente reconheceu que aumentará os cuidados com a saúde. "Vou melhorar a qualidade da minha dieta e da (parte) física", afirmou. Ele também admitiu que tem certa resistência à realização de exames anuais para acompanhamento da saúde. "É como levar o carro à concessionária achando que o problema está na porta direita e está em todo lugar", comparou. "Com a gente é assim: começa com um problema de pressão, depois vai ver está com problema até na unha do pé."
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