Única condição imposta pelo líder cubano é que a conversa aconteça 'em pé de igualdade'
Rio - O presidente de Cuba, Raúl Castro, disse estar disposto a falar sobre “tudo” — inclusive temas polêmicos como direitos humanos, liberdade de imprensa e prisioneiros políticos — numa reunião com governantes americanos. A declaração do irmão de Fidel foi vista como importante marco da reaproximação entre Cuba e EUA, que tem ganhado força na administração Obama.
A única condição imposta pelo líder cubano é que a conversa aconteça “em pé de igualdade” e sem ameaças à soberania do seu país. “Transmitimos mensagens aos EUA, reservadamente e em público, de que estamos dispostos a discutir tudo, em qualquer momento que eles quiserem”, disse Raúl. “Direitos humanos, liberdade de expressão, presos políticos, tudo, tudo, tudo o que eles quiserem conversar a respeito”, enumerou Raúl. Os comentários aconteceram quinta-feira, em discurso enérgico na Venezuela, ao lado do presidente Hugo Chávez.
Ontem começou a 5ª Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, quando os líderes latinos, entre eles Luiz Inácio Lula da Silva, pedirão a Obama o fim do bloqueio a Cuba — que não participa do evento por não ser considerada democracia. Em seu discurso, ontem, Obama mostrou otimismo: “Não estou interessado em conversar só por conversar. Podemos mover as relações EUA-Cuba para nova direção”.
No mesmo evento, Obama cumprimentou brevemente Chávez pela primeira vez. “Com esta mesma mão cumprimentei Bush há oito anos. Quer ser seu amigo”, disse Chávez, segundo o governo venezuelano.
http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2009/4/lider_cubano_esta_disposto_a_negociar_tudo_
com_barack_obama_7069.html
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