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A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (12) que
seu governo aposta em uma nova logística para que o país cresça. Durante
inauguração de primeiro trecho do Sistema Logístico de Etanol
Ribeirão Preto-Paulínia, em Ribeirão Preto, Dilma afirmou que o país
não tem uma infraestrutura logística compatível com sua dimensão e
necessita de investimentos no setor para garantir a competitividade.
“Esse trecho que estamos inaugurando hoje faz parte de um grande esforço
do país para modernizar sua estrutura logística e assegurar que ela
seja, de fato, um elemento de desenvolvimento do país. Nós precisamos
disso não só para escoar os produtos, não só porque é a forma mais
competitiva, mas porque esse é o elemento fundamental para o país
crescer”, disse a presidente.
O duto escoará o
derivado da cana-de-açúcar, tem 206 quilômetros de extensão, do Terminal
Terrestre de Ribeirão Preto à Refinaria de Paulínia, e será operado
pela Transpetro, subsidiária da Petrobras. É a primeira parte de uma rede de dutos que ligará várias regiões produtoras a refinarias e mercados consumidores.
A
partir do uso comercial do duto, será possível a venda do etanol
hidratado em Paulínia ou sua transferência, por outros dutos, para
Barueri e para o Rio de Janeiro. “Esta nova planta é um projeto
inovador, que envolve a integração de dutos e hidrovia, mostra que o
Brasil tem na integração de diferentes modais de transporte, um dos
elementos essenciais para garantir a sua competitividade”, disse.
Dilma ressaltou que o país precisa de um sistema de transporte
que integre diferentes modais, eficiente e compatível com sua extensão
continental e diversidade econômica. Segundo ela, as concessões de
ferrovias e rodovias são um dos principais eixos definidos pelo governo
para reverter a defasagem logística do país.
“Por meio
delas [das concessões], pretendemos expandir em 10 mil quilômetros as
ferrovias e duplicar 7,5 mil quilômetros de estradas. O Brasil não tem
um sistema ferroviário compatível com a sua dimensão”, disse a
presidente, informando que as licitações de ferrovias acontecerão entre
este mês e abril de 2014.
O governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), participou da inauguração e ressaltou a importância do
projeto para o setor sucroalcooleiro, que tem o estado como maior
produtor e emprega 1,3 milhão de trabalhadores. Além disso, o governador
falou sobre as parcerias entre as diferentes esferas de governo. “Quero
aqui destacar que, quando as entidades federativas se unem, o país
ganha, e quando todos nós nos unimos aos empreendedores e aos
trabalhadores, esse benefício é ainda maior. Esse é um dia de grande
conquista”.
O projeto que teve seu primeiro trecho inaugurado hoje
terá aproximadamente 1,3 mil quilômetros de extensão de dutos e 700
quilômetros de hidrovia. Serão 15 terminais de coleta e distribuição e
capacidade de transporte de 20 milhões de metros cúbicos (m³) de etanol
por ano, além de capacidade de armazenamento operacional de 1,2 milhão
de m³ de etanol. Quando estiver concluído, passará por 45 municípios,
ligando os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São
Paulo ao centro de armazenagem de Paulínia, o principal do país, de onde
será transportado para as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de
Janeiro, além do Porto de Santos, para exportação. O projeto tem
investimento de R$ 7 bilhões, por meio de financiamento do BNDES e
bancos comerciais, e faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC 2).
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