quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Piratas pedem resgate por superpetroleiro





Gráfico sobre o seqüestro do Sirius Star

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MOGADÍSCIO (AFP) — Os seqüestradores de um superpetroleiro saudita exigiram nesta quarta-feira o pagamento de resgate, e um navio de guerra indiano atacou um navio de piratas, que teriam capturado mais três embarcações nas últimas horas, tornando a situação ainda mais tensa no Golfo de Áden.

Segundo o Departamento Marítimo Internacional (IMB), os ataques de piratas se tornaram incontroláveis a situação observada nas últimas semanas mostra um aumento anormal dos atos de violência e capturas de navios, apesar do reforço da segurança na região.

A fragata indiana "INS Tabar", um dos navios de guerra que protegem a região, destruiu uma das principais embarcações dos piratas na noite de terça-feira, depois de ter sido alvo de disparos, informou o porta-voz da Marinha da Índia, Nirad Sinha.

"Pelo que se vê nas fotografias, o barco pirata foi completamente destruído", afirmou um oficial indiano que pediu anonimato.

Este é o maior golpe até o momento contra os piratas e a primeira vez eles vêem um de seus principais navios ser destruído.

O confronto ocorreu depois do anúncio por parte de grupos marítimos internacionais de novos seqüestros na costas da Somália.

"A situação já é incontroável. As Nações Unidas e a comunidade internacional devem acabar com esta ameaça", declarou Noel Choong, diretor do Centro de Observação da Pirataria do IMB.

Andrew Mwangura, diretor do departamento queniano de um programa de assistência aos marinheiros, com base na cidade portuária de Mombasa, denunciou que um pesqueiro tailandês e um grego foram capturados na terça-feira na Somália, embora o ministro grego da Marinha Mercante tenha afirmado não estar a par do seqüestro do navio de seu país.

Por outro lado, Mwangura anunciou que os piratas somalis libertaram nesta quarta-feira um navio de Hong Kong, o MV Great Creation, e seus 25 tripulantes, seqüestrados há dois meses.

O MV Great Creation fora capturado em 18 de setembro. Sua tripulação é composta de 24 chineses e um cingalês.

Os piratas somalis que seqüestraram, no dia 15 de novembro, o superpetroleiro saudita "Sirius Star" exigiram um resgate para liberar o navio e a tripulação, declarou ao canal Al-Jazeera um homem apresentado pela emissora do Qatar como um dos responsáveis pelo crime.

"Há negociadores a bordo do navio e em terra. Quando chegarem a um acordo sobre o resgate, este será enviado em dinheiro ao petroleiro", declarou, sem revelar o valor exigido, o homem identificado como Farah Abd Jamekh.

"Garantiremos a segurança do navio que transportar o resgate. Contaremos o dinheiro de forma mecânica", acrescentou o pirata, que teve a voz dublada para o árabe.

"Temos as máquinas necessárias para identificar as cédulas falsas", acrescentou.

O "Sirius Star", capturado no Oceano Índico e com um valor total de 250 milhões de dólares (150 para o navio e 100 pela carga), está ancorado desde terça-feira nas costas de Harardere, um dos portos utilizados como base pelos piratas somalis, 300 km ao norte de Mogadíscio.

O superpetroleiro saudita com carga de dois milhões de barris foi seqüestrado mais de 450 milhas náuticas (800 km) ao sudoeste de Mombasa.

A companhia que opera o superpetroleiro, Vela International Marine Ltd, informou que a segurança da tripulação - dois britânicos, dois poloneses, um croata, um saudita e 19 filipinos - é sua prioridade.

O ministro britânico das Relações Exteriores, David Miliband, pediu a liberação imediata da tripulação.

A captura do "Sirius Star" foi a a operação de pirataria mais ousada executada até hoje nas costas da Somália e representa um desafio para a força marítima internacional responsável por proteger o tráfego de mercadorias nesta região do mundo.

"A situação observada nas últimas semanas mostra um aumento anormal dos atos de violência e das capturas de navios, apesar do reforço da segurança na região", declarou à AFP Noel Choong, diretor do Centro de Observação da Pirataria do IMB, que tem sede em Kuala Lumpur.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), os Estados Unidos e vários países europeus enviaram navios à região em uma tentativa, sem sucesso, de impedir a pirataria.

O Golfo de Aden controla o acesso ao Canal de Suéz, através do qual os navios podem viajar da Ásia para a Europa evitando margear todo o continente africano. Esta é uma via marítima crucial para os petroleiros.

O Japão também estaria analisando o envio de uma missão naval à zona para proteger seus cargueiros.

Segundo o IMB, desde janeiro os piratas atacaram 94 navios na costa da Somália e no Golfo de Áden. Destes, 38 foram seqüestrados e 17 prosseguem nas mãos dos piratas, com um total de 250 tripulantes a bordo, 127 deles filipinos.






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